As 18h do dia 18/10/1971, eu com apenas algumas horas de vida me vi pela primeira e única vez envolvido em uma paixão, não pense vocês que era somente interesse físico, a mulher da qual me apaixonei tinha bilhões de anos, uma parteira de mão cheia, que trata os bebes recem nascidos como se fosse dela, sem nenhuma discriminação religiosa ou preferências sociais. A paixão em min confirmou-se ao ver seu jeito no qual me acolheu, vejam bem um homem, desculpem-me, quero dizer um bebe homem sabe perfeitamente quando uma mulher esta interessada por ele e quando ela se aproximou, não me contive e apopei sua fina camada de proteção, ela disfarçou e fingiu não sentir e foi aí que tive certeza que ela também estava apaixonada e totalmente disposta a Ter uma relação amorosa comigo do tipo espiritual orgânica, não deu outra , quando todos os bebes já dormiam ela me visitou em meu berço, totalmente azul, verde, amarela e branca, esplendorosa e fizemos amor do tipo, vocês sabem, espirituoso orgânico.
Perdi minha virgindade, eu hetero por excelência me vi ali naquele lugar cercado de bebes virgens e feliz. Josi foi a minha única mulher, com um milésimo de segundo de namoro, nos casamos e vivemos um amor quase perfeito, só não é perfeito porque os seres humanos de pensamentos insanos por natureza não permitem, e Josi em seus bilhões de anos, ainda muito jovem, desgastada não pela idade e sim pelo ser humano moderno, já não suporta mais tantas regras e desajustes emocionais da sociedade moderna, confesso que nunca me apaixonei por outra mulher e se ela morrer morro junto, a minha vida humana depende da eternidade dela. O meu amor por Josi é eterno, e sem ela não viveria, por isso digo com todo prazer "morte aos seres de verterbravel inteligência e vida eterna ao planeta terra".
AUTOR: GEORGE MARTINS
